Imagine a seguinte situação, você é recém habilitado e possui um carro, que com muito esforço você o adquiriu e ainda está realizando o pagamento. Após pouco tempo de uso, você decide se inserir no serviço de transporte por aplicativo. Porém, você, por ser novo nesse ramo, ainda não domina todas as ferramentas dos aplicativos, além do mais, por não ter certos hábitos de cuidado com o veículo, acaba negligenciando certos cuidados.
Então, pouco a pouco, dia após dia e corrida atrás de corrida, você acaba não realizando a devida limpeza no veículo, seus passageiros acabam não se sentindo confortáveis de realizar viagens com você, pouco a pouco o carro apresenta sinais de defeitos que acarretam problemas maiores colocando em risco não só o seu veículo, como a você e a qualquer passageiro!
Isso é muito grave!!
Agora imagine você como se sentiria nessa situação e faça esta reflexão, eu me sujeitaria a mais uma viagem num carro nessas condições ou a um motorista tão descuidado aos perigos do trânsito e de segurança? Eu recomendaria essa pessoa? Com quantas estrelas eu poderia avaliar o serviço, mesmo que o motorista seja bem-intencionado e esforçado?
Com esse cenário estruturado, substitua a pessoa recém habilitada para um novo empresário, o carro, para sua empresa, os serviços de transporte por aplicativo por seu setor de atuação. Nesse sentido, a limpeza do veículo se torna a organização da empresa e a manutenção pode ser vista como a organização financeira. Obviamente, os passageiros são seus clientes.
Essa alegoria é apenas uma forma didática de enxergarmos a importância que devemos ter para com nossas empresas e com isso me refiro da base de formação até o consumidor final.
Vamos analisar os 3 panoramas gerais de impactos, para empresas de pequeno, de médio e grande porte.
1. Pequena empresa
Todo empreendimento inicia nesse cenário, não existe empresa que nasce grande, todas são fundamentadas a priori como pequena empresa na sua formação. Geralmente estruturadas por membros de uma família ou um grupo pequeno de amigos que se associam em prol de um objetivo comum de empreender, seja por realização pessoal, por lucros financeiros ou por oportunidade de nicho.
Se essa instituição não for devidamente estruturada financeiramente, ao mínimo uma família estará suscetível ao Risco de Mercado. Se as devidas organizações não forem feitas, um pequeno grupo estará seriamente endividado e com amarras financeiras por um longo tempo.
2. Média empresa
Digamos agora que a empresa que era de pequeno porte, por habilidades individuais ou por timing de mercado tenha acertado ao ponto de se elevar a esse segundo degrau. Nesse ponto vemos já um pequeno grupo controlador no qual tem por responsabilidades serviços não apenas locais, mas com alcances além da sua proximidade de atuação primária.
O que era uma atividade familiar ou de amigos tornou-se ainda mais profissional e o número de pessoas engajadas na visão e no objetivo inicial da empresa aumentou para terceiros, pessoas atuantes como força ativa no mercado de bens e serviços.
Porém, se essa empresa não se resguardar ou não realizar os devidos preparos, mais pessoas serão impactadas, não apenas os funcionários, mas uma base mais ampla de clientes que pode ficar órfã desse serviço ou produto fornecido.
3. Grande empresa
Olhemos então para esse “último” nível, imaginemos em que houve não apenas o acerto do timing de mercado, como também uma consolidação no mesmo, em que uma base grande de clientes tenha depositado confiança e validado a empresa, ao ponto de ela não possuir quase restrições geográficas, de trabalhar com produção em larga escala. Com isso, o número de pessoas relacionadas a essas empresas é cada vez maior, ao ponto de não saber ao certo onde termina o vínculo de pessoas com ela.
Imagine então o impacto que uma empresa dessa possui na vida dessas inúmeras famílias.
Tendo essas perspectivas, voltemos ao pensamento inicial, qual a extensão dos impactos que uma pequena, média e grande empresa tem a respeito da vida não só de seus proprietários, mas também de seus funcionários e cliente?
Segundo estudos realizados pelo Governo Federal, em 2022 foram abertas 3.838.063 empresas, 4,8% a menos do que em 2021, enquanto foram fechadas 1.695.763, cerca de 19,8% a mais do que 2021.
Cerca de 57,6% dos negócios ativos no país são MEI’s, além de representar 74,7% das empresas abertas no último quadrimestre de 2022. Isso significa que cerca de 2.867.000 empresas abertas em 2022 são dessa categoria. Somente no terceiro quadrimestre, 1.091.783 foram abertas enquanto 539.421 fechadas no mesmo período, isso significa uma relação fechamento/abertura de empresa em cerca de 49%, ou seja, de maneira aproximada, para cada duas empresas ativas ou abertas nesse período uma fechou.
A Média de fechamento de MEI’s no ano equivale a 52.817 empresas nos 10 maiores setores de fechamento, variando de mais de 111 mil empresas do setor de varejo, 78 mil de promoções de vendas, 50 mil de apoio administrativo, 49 mil cabelereiros, manicure e pedicure entre outros.
Segundo o SEBRAE, em 2020, cerca de 59% das empresas abertas realizaram planejamentos financeiros ou de negócio para no máximo 6 meses e 17% sequer o fizeram. Os MEI’s têm a maior taxa de mortalidade entre os Pequenos Negócios, 29% fecham após 5 anos de atividade. Já as ME’s têm taxa de mortalidade intermediária entre os Pequenos Negócios, 21,6% fecham após 5 anos de atividade. As EPP’s têm a menor taxa de mortalidade entre os Pequenos Negócios, 17% fecham após 5 anos de atividade. A maior taxa de mortalidade é verificada no comércio (30,2% fecham em 5 anos) e a menor na indústria extrativa (14,3% fecham em 5 anos).
Onde quero chegar com esses fatos? Simples, no bem-estar da sua empresa, de todas as pessoas envolvidas, de seus funcionários e cliente!
Todas essas informações acendem um alerta para um caminho em que a grande maioria das empresas nacionais caminham e mesmo tendo acesso a essas informações e muito mais, ignoram-nas de forma a expor sua empresa, seu patrimônio, sua família ao risco do mercado competitivo. Dentre as principais causas da não sobrevivência das empresas se destacam pouco preparo pessoal, planejamento do negócio e gestão deficientes e problemas de ambiente, onde se destacam fatores além do controle do mercado, como a pandemia em 2019 por exemplo.
Percebe que em nenhum momento é citado como fator de dificuldade a forte concorrência ou a falta de experiência no setor? Isso porque a maioria das empresas abertas são iniciadas em nichos de domínio de seus fundadores, entretanto, a falta de planejamento e organização empresarial, financeira e de negócio, resultam por consequência na falta de capital e lucros, além de outras dificuldades do tipo. Essas são as dificuldades mais enfrentadas nos primeiros anos e por serem empresas recentes e não consolidadas, chamado na economia de Marginal (no sentido de estar na Margem do Mercado) é ao mesmo tempo a primeira a entrar por oportunidade, a primeira a sair por adversidade.
Há um ditado que diz: “um Rei sábio é aquele que se cerca dos conselheiros mais sábios do reino, sendo ele, o mais sábio dentre todos.”
Em outras palavras, empresas consolidadas se cercam dos melhores consultores empresariais, alocam seus esforços em buscar os melhores dentre os melhores, por isso, esse é o caminho que nós da Economus propomos para você que já possui empresa ou que tem o desejo de empreender, dispondo dos melhores consultores Estudantes das áreas de Economia, Estatística, Matemática, Relações Internacionais e Ciências Atuariais da UERJ para planejar com você um futuro consolidado e próspero, reduzindo os riscos financeiros e empresariais que você possa enfrentar nessa jornada do seu sonho!
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